Fantasmas


Fantasma, na crença popular, é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal falecido que pode aparecer para os vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Descrições de aparições de fantasmas variam no modo como estes se manifestam. A tentativa deliberada de contactar o espírito de uma pessoa morta é conhecida como necromancia, ouséance no espiritismo.

A crença em manifestações espirituais dos mortos é comum, datando do animismo ou veneração dos mortos em culturas pré-históricas. Determinadas práticas religiosas—ritos funerários, exorcismos, e alguns costumes do espiritualismo e da magia—são especificamente designadas para agradar os espíritos dos mortos. Fantasmas são geralmente descritos como essências solitárias que assombram um local, objeto ou pessoa em particular a qual estiveram ligados em vida, embora histórias a respeito de exércitos, trens, navios e até mesmo animais e números fantasmas tenham sido relatadas.

A noção do transcendental, sobrenatural ou espiritual, normalmente envolvendo entidades como fantasmas, demônios ou deidades, é um fênomeno cultural universal. Em religiões pré-históricas, tais crenças costumam ser simplificadas como animismo ou veneração dos mortos.

Em muitas culturas, fantasmas malignos e perturbadores são diferenciados dos espíritos benignos envolvidos na veneração aos mortos.
A veneração aos mortos envolve tipicamente rituais designados para a proteção contra espíritos vingativos do além, imaginados como famintos e invejosos em relação aos vivos. Entre as estratégias para evitar os espectros estão o sacrifício, isto é, dar ao morto comidas e bebidas para apaziguá-lo, ou a expulsão mágica do morto para forçá-lo a não retornar. A alimentação ritual dos mortos é realizada em eventos tradicionais como o Festival das Almas chinês ou o Dia de Finados ocidental. O banimento mágico dos mortos está presente em muitos dos costumes funerários ao redor do mundo.

Corpos encontrados em diversas mamoas haviam sido ritualmente amarrados antes do enterro, e o costume de atar os cadáveres persiste, por exemplo, nas regiões rurais da Anatólia.

Fantasmas e a vida após a morte

Apesar da alma humana ser ocasionalmente descrita simbólica ou literalmente em culturas antigas na forma de um pássaro ou outro animal, acreditava-se amplamente que a alma era uma reprodução exata do corpo em cada detalhe, mesmo em relação à roupa usada pela pessoa. Isto é demonstrado em obras de arte de várias culturas antigas, incluindo o Livro dos Mortos egípcio, que mostra os mortos no além com a mesma aparência que tinham quando vivos, incluindo o estilo de suas vestimentas.

Características comuns

Outra crença comum a respeito de fantasmas é que eles seriam formados por um material enevoado, etéreo ou que escapa ao tato. Antropologistas ligam esta ideia à crença primitiva de que fantasmas eram a pessoa dentro da pessoa (ou seja, seu espírito), que aparecia de forma mais recorrente em culturas antigas na forma da respiração de um indivíduo, cuja expiração em climas frios é claramente discernível na forma de uma névoa branca. Esta crença pode ter estimulado também o significado metafórico de "respirar" em determinados idiomas, como o spiritus em latim e o pneuma em grego que, por analogia, estendia-se à alusão da alma. Já na Bíblia, Deus é descrito dando vida à Adão com um sopro.

Em muitos relatos tradicionais, fantasmas são frequentemente vistos como pessoas mortas procurando por vingança, ou imprisionadas na Terra por atos ruins que praticaram durante a vida. A aparição de um fantasma era considerada o presságio da morte, assim como avistar o próprio fantasma ou "dopel".

Há vários relatos acerca da aparição de "damas de branco" em regiões rurais, que supostamente morreram de forma trágica ou sofreram alguma espécie de trauma durante a vida. Lendas de "damas de branco" são recorrentes em diversas culturas, e um denominador comum é o tema da perda ou traição de um marido ou noivo. Elas são frequentemente associadas a uma linhagem familiar específica, sendo portadoras da morte. Similar à Banshee, avistar um desses fantasmas é sinal de que alguém na família morrerá.

Lendas a respeito de navios fantasmas circulam desde o século XVIII, a mais notável delas sendo a do Holandês Voador. Este tema foi popularizado na literatura pelo poema The Rime of the Ancient Mariner, de Coleridge.

Localidade

O local onde fantasmas são avistados é descrito como assombrado, e frequentemente considerado como sendo a moradia de espíritos que podem ter sido antigos moradores ou relacionados de alguma forma àquela propriedade. A atividade sobrenatural no interior de residências é associada principalmente a eventos violentos ou trágicos ocorridos nestas, como assassinato, morte acidental ou suicídio. Mas nem todos os locais assombrados foram cenário de uma morte violenta, ou mesmo de atos de violência. Muitas culturas e religiões acreditam que a essência de um ser, como a "alma", continua a existir após a morte. Algumas concepções filosóficas e religiosas sustentam que os "espíritos" daqueles que morreram não vão "embora", mas permanecem presos dentro da propriedade onde suas memórias e energia ainda são fortes.

Antiguidade

A imagem de um submundo onde os mortos moravam era comum no Antigo Oriente, sendo expressa no hebraico bíblico pelo termo tsalmaveth (literalmente "sombra-morte"). No Antigo Testamento, a Bruxa de Endor aparece durante o Segundo Livro de Samuel para conjurar o espírito ('owb) de Samuel.

Mesopotâmia

Há várias referências a fantasmas em religiões mesopotâmicas, mais especificamente nas religiões da Suméria, Babilônia, Assíria e em outros estados iniciais da Mesopotâmia. Traços de tais crenças permaneceram nas religiões abraâmicas posteriores que dominaram a região. Acreditava-se que os fantasmas eram criados no momento da morte, levando consigo a memória e a personalidade da pessoa falecida. Eles viajavam para um mundo subterrâneo, onde assumiam uma determinada posição e levavam uma existência similar em alguns aspectos àquela do vivo. Esperava-se que familiares dos mortos fizessem oferendas de alimentos e bebidas em prol destes; caso não o fizessem, os fantasmas infligiram aos vivos má sorte e doenças. Costumes medicinais tradicionais atribuíam uma variedade de doenças à ação de fantasmas, enquanto outras seriam causadas por deuses ou demônios
 
Era moderna da cultura ocidental

Espiritualismo

O espiritualismo é uma religião ou sistema monoteísta que postula a crença em Deus, com uma visão particular a respeito de almas que residem em um mundo espiritual e podem ser contactadas através de "médiuns", que podem assim fornecer informações sobre o pós-vida.
O espiritualismo desenvolveu-se nos Estados Unidos e atingiu o auge de seguidores entre as décadas de 1840 e 1920, especialmente em países falantes de inglês. A religião floresceu por meio século sem textos canônicos ou organização formal, mantendo sua coesão através de períodicos, palestras, encontros e atividades missionárias de médiuns. Atualmente, é praticado principalmente em Igrejas

Espiritualistas espalhadas pelos Estados Unidos e Reino Unido.

Espiritismo
O espiritismo é baseado nos cinco livros da Codificação Espírita escritos pelo educador francês Hypolite Léon Denizard Rivail sob o pseudônimo Allan Kardec, divulgando os fênomenos que ele observou e atribuíu à inteligência incorpórea (espíritos). Sua hipótese de comunicação com espíritos foi reconhecida por muitos de seus contemporâneos, entre eles vários cientistas e filósofos que compareceram a sessões e estudaram o fenômeno. Seu trabalho foi posteriormente expandido por autores como Leon Denis, Arthur Conan Doyle, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano,Chico

Xavier, Divaldo Pereira Franco, Waldo Vieira e Johannes Greber, entre outros.
O espiritismo possui adeptos em vários países, como Espanha, Estados Unidos, Canadá, Japão,

Alemanha, França, Inglaterra, Argentina, Portugal e especialmente Brasil, que tem a maior proporção e número de seguidores.
Poltergeist

 (do alemão polter, que significa ruído, e geist, que significa espírito) é um tipo de evento sobrenatural que se manifesta deslocando objetos e fazendo ruídos.
Acredita-se que o foco dessa perturbação é muitas vezes uma criança na fase da puberdade, em geral do sexo feminino.
O evento caracteriza-se por estar relacionado a um indivíduo e por ter curta duração. Difere da chamada assombração, que pode-se estender por anos, sempre associada a uma área, geralmente uma casa.


No fenômeno poltergeist um espírito perturbado usa o indivíduo para se manifestar, às vezes de forma agressiva, fazendo objetos como pedras, por exemplo, voarem pelos ares atingindo objetos e outras pessoas. Para a manifestação desse espírito, segundo a literatura espírita, é necessária a presença de um médium de efeitos físicos, ainda que seja completamente alheio à sua faculdade, para que os fenômenos ocorram.

Há casos famosos na parapsicológica, como o da família Lutz que, em 1976, foi atormentada por entidades inferiores durante os 27 dias que viveram em uma casa na pequena cidade de Amityville, nos Estados Unidos da América, que passaria às telas de cinema com o nome de Horror em Amityville. Um dos integrantes da família, George Lutz afirmou que durante a noite ouvia o ruído de uma banda marcial tocando na sua sala de estar, evento só constatado por ele. Geralmente, o poltergeist deixa de se manifestar em poucas semanas. Diferente das assombrações, que podem ferir seres humanos, o poltergeist tem como objetivo apenas o manifestamento de sua força sobrenatural

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