Os boatos são de que ela aparece nos banheiros para os alunos.
Filha
de Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratingetá e de
sua segunda esposa, Amélia Augusta Cazal, Maria Augusta nasceu no ano
de 1866 e teve uma infância privilegiada e um requintado estudo em sua
casa, cujas terras ultrapassavam os limites da atual Rua São Francisco.Sua beleza encantava os ilustres visitantes que passavam pelo vale do Paraíba.
Naquela
época, a política dos casamentos não levava em conta os sentimentos dos
jovens, pois os casamentos eram "arranjados" levando-se em conta na
realidade, os interesses dos pais.
Uma
nítida conotação de transação simplesmente econômica ou meramente
política, teria levado o Visconde de Guaratinguetá a unir no dia 1 de
Abril de 1879 sua filha Maria Augusta com apenas quatorze anos de idade
com um ilustre conselheiro do Império, Dr. Francisco Antônio Dutra
Rodrigues, vinte e um anos mais velho que a bela jovem.
Como
era previsível, surgiram divergências entre Maria Augusta e seu marido,
o Dr. Dutra Rodrigues, devido também à sua pouca idade, fazendo com que
os pensamentos e ideais dos casal fossem diferentes.
Devido
à esses problemas, Maria Augusta deixa a companhia do Marido em são
Paulo e foge para a Europa na companhia de um titular do Império e alto
ministro das finanças do reino, passando a residir em Paris na Rua
Alphones de Neuville.
Maria Augusta assume definitivamente a alta sociedade parisiense abrilhantando bailes com sua beleza, elegância e juventude.
Maria
Augusta prolonga sua estada na França até que no dia 22 de Abril de
1891, com apenas 26 anos de idade vem a falecer, sendo que para alguns,
devido à Pneumonia, e para outros a causa foi a Hidrofobia.
Diz
a história, que um espelho se quebrou na casa de seus pais em
Guaratinguetá no mesmo momento em que Maria Augusta morreu.Seu atestado
de óbito desapareceu com os primeiro livro do cemitério dos Passos de
Guaratinguetá, levando consigo a verdade sobre a morte de Maria Augusta.
Para
o transporte do seu corpo ao Brasil, focam guardados dentro de seu
tórax as jóias que restaram e pequenos pertences de valor, e foi
colocado algodão em seu corpo para evitar os resíduos.
Conta-se também que durante o caminho, os pertences guardados em seu cadáver foram roubados.
Enquanto
o corpo de Maria Augusta era transportado, sua mãe inconsolada, decidiu
construir uma pequena capela no Cemitério Municipal de Guaratinguetá
para abrigar a filha, com os dizeres: “Eterno Amor Maternal”.
Quando
o corpo da filha chegou ao palacete da família, sua mãe o colocou em um
dos quartos para visitação pública e assim ficou por algumas semanas
durante a constução da capela.
O corpo da menina, que estava em uma urna de vidro, não sofria com o tempo e ela sempre aparentava estar apenas dormindo.
Depois a mãe negou-se a sepultar o corpo da filha devido a seu arrependimento, mesmo quando a capela ficou pronta.
Até
que um dia, após muitos sonhos com a filha morta, pedido para ser
enterrada e dizendo que não era uma santa ou coisa parecida para ficar
sendo exposta, e da insistência da família, a mãe consentiu em
sepultá-la.
A casa onde residiu a família e onde Maria Augusta nasceu tornou-se mais futuramente um colégio estadual.
Alguma pessoas afirmam terem visto o espírito de Maria Augusta andando por lá.
A lenda conta que Maria Augusta caminha até hoje pelos corredores do colégio.
Suas
conhecidas aparições nos banheiros são por conta da sede que seu
espírito sente por ter sido colocado algodão em suas narinas e boca.
Dizem
que devido à esse acontecimento, ela passa pelos banheiros das escolas
para abrir as torneiras e beber água, e que quando isso acontece é
possível sentir seu perfume e ouvir seu vestido deslizar pelo chão, além
de ser possível avistar sua silhueta pelas janelas.
Nenhum
relato de atos de maldade cometida por ela foram comentados, apenas
breves aparições pelos banheiros e corredores onde deixa no ar um leve
perfume (o mesmo que usava em Paris).
Também há o relato de uma funcionária da Escola que a ouviu tocar piano.
No
cemitério onde foi construída a capelinha para seu sepuultamento, sendo
mais exatamente um lindo mausoléu branco à esquerda do portão de
entrada do cemitério dos Passos, também se ouvem relatos do avistamento
de sua silhueta passando por entre os túmulos do cemitério, e ao mesmo
tempo que um doce perfume predomina no ar, além do barulho do arrastar
de tecido pelo chão.
Um
grupo de espíritas kardecistas estudando o caso, afirmou que Maria
Augusta não teve consciência da própria morte e vaga pela casa onde
sempre viveu em busca dos parentes até os dias de hoje, onde é uma
escola.
Por
isso, cuidado quando estiver só em um banheiro de uma escola,
principalmente às altas horas da noite, você poderá ter uma surpresa
altamente agradável!
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