CALL OF DUTY: MODERN WARFARE 3 - #06 - CHILENO CHORÃO






O TREM DAS ALMAS PERDIDAS

Ele abriu os olhos e foi despertando lentamente de um sono profundo. Estava deitado em um banco do que parecia ser uma velha estação ferroviária. Chamava-se Paulo; era alto e magro, seu rosto lembrava as feições de uma coruja.

Um som sibilante ecoava a sua volta, parecendo badaladas de sino. Estava bastante confuso, não conseguia se lembrar de como havia chegado naquele lúgubre e arrepiante lugar.

Viu um trilho que a primeira vista dava a impressão de se estender indefinidamente, desaparecendo em um túnel no meio de uma enorme montanha. Verificou as horas em seu relógio de pulso e constatou que eram 08 horas.

Paulo levantou-se e começou a caminhar pela estação, não havia sinal de viva alma por perto. De repente, viu que uma bela mulher grávida caminhava em sua direção.

Ele fez menção de cumprimentá-la, contudo, a mulher passou sem perceber a sua presença e ficou escorada em uma coluna no centro da velha estação. Paulo ouviu um intenso e escalonado barulho que lembravam motores de carros antigos e percebeu que um trem surgia da montanha. O homem apenas observou. Após alguns minutos o estranho veículo em tom esbranquiçado parou. A grávida foi em direção a uma das portas, entregou uma espécie de passagem a um homem parado em uma das portas e entrou. Paulo tentou embarcar também, mas o bilheteiro perguntou pela sua entrada e uma vez que ele não possuía, negou o seu embarque. O trem seguiu viagem.

Um sentimento de angústia foi tomando conta de Paulo. Não havia estradas por perto e apenas uma densa floresta se estendia a sua volta. Ele pensou que deveria estar em um pesadelo, sentou novamente no banco e esperou que aquele estranho sonho se esvaísse com o despertar de uma manhã comum, fechando os olhos e esperando acordar.

Entretanto, ele continuava no local. Novamente ouviu passos se aproximando. Um homem trajando um terno preto e chapéu cinza se aproximava furtivamente.

O homem sentou ao lado de Paulo e passou a observá-lo. Paulo lhe perguntou:

— Que local é este? Pode me ajudar a sair daqui?
— Claro, possuo um bilhete para o próximo trem. Entrego-lhe sob uma condição.
— Sim, faço qualquer coisa para sair deste lugar o mais rápido possível.
— Quero sua alma em troca do bilhete — falou o homem vestindo luto em tom de galhofa.

Minha alma? Este cara está louco, Paulo pensou. E como o mesmo não acreditava em nada além do mundo material, resolveu fazer a troca, achando se tratar de uma boa piada, quem sabe uma câmera escondida caprichada, do tipo que ele via na TV aos domingos.

O homem de preto lhe entregou o bilhete e saiu caminhando lentamente. Outro trem surgia no horizonte. Paulo viu mais uma vez as horas, já eram 8h50. Esperou que abrissem suas portas, entregou a passagem ao cobrador e entrou no veículo. Às 09 horas o trem partiu.

Paulo ainda estava bastante atordoado e confuso, mas algumas lembranças foram surgindo em sua mente. Lembrava-se que estava entrando em uma loja de conveniências para comprar bebidas. As ideias e pensamentos estavam desordenados, mas conseguiu lembrar que estava dirigindo em alta velocidade, quando passou em um sinal vermelho. A última imagem que viu tinha sido a de um caminhão vindo ao seu encontro. Acordou naquele estranho lugar.

O trem agora estava em alta velocidade, mas parecia desintegrar-se, tudo ao redor de Paulo estava sendo apagado da existência material conhecida no plano físico. Ele tentou correr na direção contrária. Logo uma claridade tomou conta de tudo, alguma coisa similar a uma enorme mão fantasmagórica demonstrava querer apanhar o apavorado homem.

Na sala de parto de um hospital uma criança foi tirada do ventre materno por um médico de luvas brancas. Em meio as fortes luzes da sala cirúrgica que refletiam sobre o recém-nascido, a mãe olhou para o filho e disse:

— Bem vindo ao mundo meu filho.

A criança nasceu condenada, pois sua alma já não lhe pertencia.

Na estação ferroviária, o homem trajando luto olhou para o relógio de parede. Esperava agora pelo trem das 10 horas. No banco, outra pessoa agora despertava e logo encontraria seu destino eterno.
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CreepyPasta: Eu sou Você



Sou eu. Estou aqui. Estou alternando as palavras enquanto você está lendo, não importa que pessoa as escreveu.

Amigas Íntimas

Estranhamente, estava tudo calmo. Sereno, como mar após a ressaca. Os badalos deram 12 pancadas secas contra as campanulas dos sinos. Nas mangueiras, o rebuliço dos galináceos: galinhas cacarejavam, pintos piavam e os galos abriram o bico a cantar. Um canto que mais parecia um lamento. Acordei com aquilo.

FILME: O Açougueiro

CreepyPasta: Emily


Emily é uma garota corajosa. Ela sabe se defender e não faz o tipo ‘donzela em perigo’. Ela é engraçada, inteligente, agitada e alegre. Seu sorriso pode iluminar um quarto à noite. Ela é linda, mas isso não importa. Não importa que seja feia ou bonita, eu gostaria dela de qualquer jeito. Eu amo a Emily, caso você não tenha percebido.
 

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