Sombras

Para quem assistiu a muito tempo Peter Pan deve se lembrar que a relação dele com sua sombra não era muito legal. Bom eu e a minha sombra nos damos muito bem, mas eu não me dou nada bem com aquelas sombras estranhas e que normalmente não estão associadas a uma pessoa física. É eu estou falando das pessoas sombras, vultos, ou seja, lá como vocês conheçam.


Esses seres interpretados como entidades sobrenaturais são vistos normalmente através da visão periférica, e/ou quando estamos num estado de sonolência (acordando, ou antes, de dormir). A cultura paranormal os considera espíritos maliciosos ou malignos.

Diversos princípios científicos podem ser usados para tentar explicar o fenômeno das pessoas sombra, desde ilusões óticas, alucinações trazidas sobre circunstâncias psicológicas, paralisia do sono, ou até mesmo pelo fenômeno conhecido como pareidolia. O fato é que existem vários relatos ao redor do mundo de pessoas que afirmam terem visto ou tido algum tipo de contato com tais criaturas principalmente durante o estado de vigília. E os relatos não são apenas de agora, vem desde épocas remotas, sendo os primeiros casos relatados em manuscritos encontrados em abadias do século IV. Estudiosos acreditam que eles sejam uma espécie de Yurei na visão dos Japoneses, eram os Sucubus descritos na Idade Média e os Qarinah dos contos árabes… e tem até aqueles que digam que eles são os Ceifadores, os anjos da morte. Um dos maiores nomes no estudo desse tema é Rosemary Ellen Guiley. Rosemary investiga fenômenos paranormais dessa natureza há anos. Diz Rosemary que as sombras tem um comportamento comum: se movem rapidamente rodeando o observador ou permanecem estáticas ao seu lado, causando na maioria das vezes um sentimento de temor e/ou paralisia. Dentre os vários tipos de pessoas sombra já relatados, os mais comuns entre eles são conhecidos como Hooded Figure (Figura Encapuzada), e o Hat Man (Homem de Chapéu).

Segundo uma matéria sobre Shadow People (pessoas sombras) traz algumas teorias e relatos sobre o tema.

[...] Algumas teorias foram levantadas sobre quem ou o que poderia ser essas entidades, sendo as mais aceitas as seguintes:

1. Fantasmas ou espíritos desencarnados atormentados;
Não sabemos exatamente quando essa cultura começou no Mundo mas ela é unanime: em qualquer civilização, a luz representa o bem e a escuridão o mal. Deve ser por isso que as pessoas sombras são associadas a espíritos ou fantasmas atormentados: pessoas que durante a vida terrena fizeram muito mal ao seu semelhante ou ficaram com assuntos pendentes.

2.Entidades não-humanas, como demônios ou anjos;
Anjos e demônios, são segundo a crença judaica-cristã, entidade não-humana, anteriores à nós.

Segundo a lenda, a principio, anjos e demônios eram a mesma coisa. Apesar de serem seres de luz, eram dotados de alguns sentimentos bastante conhecidos por nós, como o orgulho. Quando Deus decidiu criar os humanos e conceder o livre-arbítrio, certos anjos consideraram uma afronta a sua superioridade. Esses foram para o lado negro da força e liderados por Lúcifer, confrontaram as tropas divinas. Após a derrota foram castigados a viver em uma dimensão de trevas, conhecida por nós como Inferno.

A demonologia e a Ars Goetia de Salomão explicam quem são os principais demônios e qual os seus poderes. Muitos deles podem se transformar em sombras para se camuflar do olhar humano. Logo, apareceu a associação com os shadow people.

3. Aliens, formas de vida com base estrutural diferente;
Você já viu um ET? Provavelmente não. Então como você pode saber como é um? Ele pode parecer com um pote de manteiga, como você vai saber? E além disso, o universo é infinitamente gigantesco, podem existir diversas espécies por aí, de várias formas, inconcebíveis até para nossa imaginação. Apesar da improbabilidade de qualquer uma delas nos encontrar, nada garante que isso não tenha ocorrido. As pessoas sombras poderiam ser uma espécie não-orgânica que vivem no nosso universo e resolveram aportar por aqui.

4. Viajantes do tempo no hiperespaço;
Ninguém sabe no que resultaria uma viagem humana por dimensões extra do espaço. Sabe-se, porém, que se conseguíssemos acessar essas dimensões ( isso se elas existirem), poderíamos viajar tanto para pontos distantes do universo em segundos, como viajar pelo próprio tempo.
As pessoas sombras poderiam ser reflexos da passagens dos viajantes por nossa época. Um efeito colateral do uso do hiperespaço.

5. Criaturas de um universo de 2 dimensões que por algum motivo desconhecido invadem o universo tri-dimensional.

Do mesmo pensamento que diz que podem existir universos quadridimensionais de espaço, há também a possibilidade da existência de universo bidimensionais de espaço. Não dá para imaginar a bizarrice que seria, mas as pessoas sombras podem ser uma explicação: como são sombras, são apenas a ausência completa de luz, sem volume, ou seja, comprimento e largura. Criaturas bidimensionais seriam assim. A ausência de luz neles poderia ser devido a distorção do espaço onde ocorre a passagem.

Os investigadores também ressaltam que supostamente essas criaturas são mais visíveis na completa escuridão. A luz, de algum modo, tornaria-os invisíveis aos nossos olhos, embora algumas fotográfias tenham captado as supostas entidades em plena luz do dia.

Relatos e testemunhos do encontro com pessoas sombras
Ø Lenda de Croatan, História Norte-Americana
Você já assistiu o filme “Mistério da Rua 7″? É porque essa lenda vai explicar bastante coisa sobre o filme que não é nenhum pouco auto-explicativo. O filme fala sobre o povo sombra, se você assistiu sabe do que estou falando e relaciona com a lenda de Croatan, com toda a razão.

A lenda de Croatoan começa com as tentativas de se estabelecer uma colônia em terras americanas. Os ingleses precisavam fundar assentamentos se quisessem manter a posse sobre essas terras. Mas pense o quanto isso era difícil, se hoje tudo em matéria de informação e viagens é uma coisa rápida, nesse séculos as viagens demoravam meses. E para voltar a um determinado local poderia se levar meses, anos, e imagine se houvesse uma guerra ou piratas atrapalhando.

Os ingleses, para demarcar território, mandaram colonos para o Novo Mundo. Esse primeiro assentamento inglês era composto apenas por homens. Nada de mulheres ou crianças. Eles ficaram lá por algum tempo, mas devido à falta de condições e depois de enfrentar vários invernos rigorosos, eles resolveram voltar para a Inglaterra, abandonando o local. O capitão Francis Drake, que estava passando pelo Novo Mundo, deu uma carona para eles em seu navio.

Mas os ingleses não desistiram. Em 26 de abril de 1587 dois barcos partiram, um com colonos e outro com suprimentos. Dessa vez, eles levaram mulheres e crianças porque eles realmente queriam estabelecer uma colônia permanente. Eles chegaram lá e reconstruíram as casas que foram deixadas pelos antigos colonos e que já estavam tomadas pelo mato.

Nesse meio tempo, no dia 18 de agosto 1588, nasce a neta do governador, Virginia Dare, a primeira criança filha de colonizadores a nascer em solo americano. Após alguns dias, mais precisamente no dia 27 de agosto 1588, o governador John White voltou à Inglaterra a pedido dos colonos, pois eles queriam que ele intercedesse pela colônia, buscando ajuda e suprimentos. Mesmo relutante talvez em abandonar a filha e neta, ele partiu.

Mas quando chegou à Grã Bretanha eles não podiam mais voltar, os ingleses tinham sido atacados pela “Armada Invencível” do rei Felipe II da Espanha e a guerra impediu qualquer tentativa de voltar ao Novo Mundo.

Muitos anos depois – ele retornou em 1.590 – a única coisa que ele encontrou foi a cidade vazia, totalmente tomada pelo mato e coisas espalhadas pelo chão. Roupas, objetos, até mesmo suprimentos largados por todos os cantos. Apenas objetos, nenhuma pessoa. Nem corpos, nem marcas, nem vestígios, nem sangue. Nada. Somente uma palavra escrita em um tronco de árvore, “Croatoan”.

O estranho desaparecimento e a palavra Croatoan deram origem à muitas e muitas lendas. No imaginário norte-americano eles foram todos abduzidos ou levados por alguma coisa e com certeza seria uma coisa maligna. Durante o tempo em que eles permaneceram no lugar (antes de John White partir), diz no livro que é constituído por parte da transcrição de White escrito por Richard Hakluyt, que eles ouviram muitas coisas estranha. Durante a noite, vozes, gritos, seres pareciam circular a colônia no meio da escuridão. Alguns trechos dos diários contam histórias, no mínimo, fantásticas sobre períodos em que eles tinham que ficar recolhidos em um aposento das suas residências rezando para que “aquilo” fossem embora e os deixassem em paz. Provavelmente nisso que foi baseado o filme do “Mistério da Rua 7″. Na Carolina do Norte essa lenda dura até hoje.

Sobre a palavra CROATOAN, a principio foi levantado a hipótese de ser um sistema de coordenadas usadas pelos Colonos da época. CRO significaria que eles teriam mudado para 50 milhas dali. Mas o que significaria o resto da palavra? Então surgiu outra hipótese, uma mais sombria. CROATOAN era o nome dado a um dos Demônios Indígenas mais temidos. Falam que o nativos sequer se aproximavam do lugar da construção da colônia por medo da entidade. CROATOAN, o demônio, se assemelha muito as pessoas sombras. Ele vivia na escuridão, espreitando os nativos e quem mais se aproximasse do local. Quando as luzes não podiam alcança-lo, raptavam aqueles que adentravam na escuridão e os levava para o seu reino. A semelhança entre o comportamento do CROATOAN e a das pessoas sombras são muito parecidas, quem sabe, este seja um ataque histórico evidenciando a origem desses seres.

Ficou interessado em assistir o filme Mistério da Rua 7?
Segue a sinopse...

Um blecaute deixa a cidade de Detroit na escuridão. Aos poucos a população local desaparece, deixando para trás roupas e carros abandonados. Os poucos sobreviventes se reúnem em uma taberna abandonada, onde acompanham o pôr do sol. Entre eles estão Paul (John Leguizamo), Luke (Hayden Christensen) e Rosemary (Thandie Newton). Logo eles percebem que ficar na escuridão é perigoso e tentam manter sempre alguma fonte de luz por perto.

Ø Nickname: M.S.F., data desconhecida, enviada para Paranormal.about.com
Tomei consciência das sombras logo após se mudar para minha casa em Nova Jersey. Playground dos meus filhos estava no porão e elas ficavam constantemente reclamando que havia “sombras” lá embaixo. Meu caçula também disse que uns pairavam perto do teto.

Nos últimos anos, instalei minha oficina no porão e os vi com certa frequência. Chegou a um ponto aonde eu até tentei falar com eles usando a minha mente, não que eles já responderam de volta.

Eles eram negros e esfumaçados. Ficam o tempo todo no porão, principalmente nos cantos das paredes, aonde é mais escuro. Ocasionalmente aparecem no primeiro andar, na cozinha, perto da porta dos fundos, por onde a escuridão se alastra. Tornou-se natural a convivência com esses seres.

Mesmo quando não conseguimos vê-los, sabíamos que estavam presentes. Alguns deles ser uma presença maligna, ficávamos mal quando apareciam e eles pareciam nos encarar. Outros eram neutros, pareciam apenas vagar pela escuridão, sem saber o que faziam.

Poucos anos depois nos mudamos, eu disse que eles não eram bem-vindos na nova casa. Ainda assim, tivemos a sensação desconfortável da presença deles. Nenhuma medida que tomamos os fez ir embora. Era como algo que grudava em você e não saia mais. Nem reza, nem água benta ou qualquer tipo de feitiçaria afastou-os. Todavia, sem sabermos o porquê, um dia, eles sumiram.

Somente uma vez, durante todo esse tempo, consegui ver o que presumo ser a verdadeira forma deles.

Aconteceu em uma fração de segundo. Eu estava andando da sala para a cozinha. A luz da cozinha estava iluminando tudo, inclusive os cantos. Entrando na cozinha vi um vulto num movimento muito rápido. Fiquei surpreso. Pensei que alguém tinha entrado em casa. Tudo aconteceu muito rápido.

Devagar, fui investigar o local para onde o vulto foi. Ele se moveu rapidamente e para fugir teve que atravessar um raio de luz. Era um ser pequeno e atarracado com uma silhueta de uma pessoa. Tinha uma cabeça, sem qualquer expressão, olhos, boca e nariz. Também aparentava não ter ombros e braços. A cor daquilo que o cobria (ou pelo menos parecia que cobria, poderia ser apenas uma extensão desse ser ) era um preto absoluto. Desapareceu muito rápido, na primeira fresta escura que encontrou.

Semanas após o encontro nossa casa pegou fogo. Mesmo nas ruínas, era possível sentir a presença deles. Aquela sensação ruim que emanavam.

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