Don’t look back


Antes de mais nada quero avisar que os fatos relatados aqui são reais e podem acontecer com qualquer pessoa!
Era uma noite chuvosa, os raios pareciam que caiam do lado da casa. Estava escuro e frio. A energia tinha caído e a vela tinha se apagado e agora sua fumaça subia para o teto. Eu estava lendo um bom livro, a história falava sobre um garoto que se sentia oprimido pela sociedade e que no final, se mata com um tiro na cara à la Kurt Cobain.

Eu senti um frio percorrendo minha espinha dorsal, parecia que alguém estava atrás de mim. Senti um sopro gélido na minha nuca que sussurrava: "Não olhe para trás...".

A curiosidade tomou conta da minha mente. A vontade de olhar para trás era enorme, não estava aguentando, eu precisava olhar. Fui caminhando eu direção ao banheiro, na esperança de olhar pelo espelho. Lá estava eu, de frente para a porta do banheiro. Abri lentamente e me adentrei.

Olhei no espelho, nada tinha, mas eu ouvi a voz novamente. Ela dizia: “Eu te avisei”. Nesse momento senti minha cabeça girar, e tudo foi ficando vermelho, como se meus olhos se enchessem de sangue. Agora eu estava desacordado, mas mesmo assim eu ouvia a voz me perseguindo.

Ela falava sobre a minha desobediência e que eu deveria ajudá-la. Não entendi o que ela quis dizer, mas estava com medo de que algo pior me acontecesse. Ela me disse que eu deveria passar a linhagem à frente, indo na casa de outra pessoa e fazer o mesmo. Lembrei-me do meu chefe, o qual ninguém no escritório suportava.

Levantei-me, desci até o porão e peguei um pé-de-cabra. Entrei no meu carro e fui até a casa dele, que a essa hora deveria estar dormindo.

Cheguei a casa dele, peguei o pé-de-cabra e arrombei a porta dos fundos. Subi até o quarto dele e o encontrei em pé olhando pela janela. Temi que ele tivesse descoberto minha invasão e estava preparado para me atacar.

Mas ele deu um longo suspiro e se deitou. Nesse momento notei que eu estava sem reflexo no espelho, eu estava invisível. Aproveitei esse “dom” e comecei a atordoá-lo. Ele suplicava que eu parasse, e eu respondi: "Não olhe para trás...". Ele subitamente se levanta e caminha até o banheiro.

Eu estava com aquela sensação de "déjá vu”, uma sensação estranhamente boa. Ele entra no banheiro e o olha pelo espelho. Eu lhe disse: “Eu te avisei”. Eu caio no chão e me levanto quase sem forças, enquanto eu o olho se debatendo no chão. A voz me diz: "Você está livre. Pode voltar para sua casa.”. Eu saio pela porta da frente, entro no meu carro e dirijo na noite fria, escura e solitária...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários Moderados

 

Psicológico Macabro © Copyright | Template by Mundo Blogger |